CAPITÃO FALCÃO (2022)

Na Gravosfera não temos nada a esconder. Se as rotas não estão no ponto e têm uns spots problemáticos deixamos a nota. Mas se uma rota é espetacular e praticamente imaculada também damos a dica. É o caso da 'CAPITÃO FALCÃO'. Na nossa humilde opinião - que percorremos todas - é a rota em que o 'FUN INDEX' está no máximo! O mesmo se aplica à qualidade das superficies 'gravel'. Embora não tendo a espetacularidade paisagística que é proporcionada nos territórios montanhosos, o Alentejo tem o seu brilho e a proporção elevada de gravel (70%) faz magia. A rota 'CAPITÃO FALCÃO' tem 106 quilómetros e mais de 1.000 metros de acumulado.

'O Alentejo é plano e todo igual' - Se é esta a ideia que tens desta região, prepara-te para uma valente 'bofetada' e lição dadas por este território. É verdade que não estás numa Serra da Estrela ou algo parecido, mas aqui não há lugar para pasmaceira ou até mesmo para fazer uma sesta. Enumerar os troços gravel ao longo da rota seria um erro, pois perderíamos facilmente a conta. Destacar os melhores também não é um exercício fácil. A mero título exemplificativo, mencionamos o troço 'Sarilhos - Santa Clara-a-Nova' pelo carrossel orográfico, por se inserir num contexto bastante remoto e despovoado, assim como pelos pontos de interesse arqueológico nas imediações. A este propósito, de assinalar que a experiência na 'CAPITÃO FALCÃO' não se limita à componente velocipédica. Tratam-se de territórios com marcas deixadas por várias culturas ao longo do tempo: desde os romanos, passando pela presença islâmica, até, claro, à manifestação da robusta identidade do povo alentejano. A rota 'CAPITÃO FALCÃO' tem ponto de partida e chegada oficial na vila de Ourique - mas qualquer ponto da rota é válido para se iniciar/terminar esta aventura por terras do Baixo Alentejo.